Analisar diversos contextos da educação é um dos compromissos que temos ao trazer dados de forma transparente e, para atingir este objetivo, é essencial atingir diversos recortes da nossa população. Nesta página, vamos tratar da educação para as pessoas que estão privadas de liberdade e estão inscritas em algum tipo de atividade educacional, seja a distância ou presencial.
Com este painel é possível aprofundar nessa questão de muita relevância para a reintegração social, além de abrir questionamentos para o impacto na segurança, economia e transformação de regiões com sistemas prisionais. Portanto, este painel pode ser muito bem aproveitado por gestores públicos, pesquisadores, educadores, organizações sociais e interessados no tema e nas tomadas de decisão que o impactam.
Análise de Dados
Quando analisamos, por exemplo, dados de 2023, vemos que nenhum estado do país chega a ter 50% da população privada de liberdade participando de alguma atividade educacional. Além disso, também é possível notar que a desigualdade entre as regiões brasileiras – que geralmente são um fator claro de influência nos dados – não é tão clara neste cenário e as melhores e piores posições da comparação nacional são compostas por estados das 5 regiões.
Seguindo com o filtro para 2023, é possível analisar que os cursos presenciais são a grande maioria disponível. Por um lado, podemos interpretar de forma positiva essa vivência acadêmica presencial, com estrutura para que essas pessoas tenham acesso ao ensino. Por outro lado, podemos entender como algo negativo já que a estrutura física e deslocamento de professores podem ser um impeditivo para que mais unidades recebam essa oportunidade. É interessante também questionar o papel da tecnologia nessa reintegração, às necessidades do mercado de trabalho e os recursos que são ou não são disponibilizados às pessoas privadas de liberdade.
Analisar estes dados se torna ainda mais interessante quando utilizamos os filtros e vemos, por exemplo, a evolução ano a ano, a qual neste caso é bastante positiva com crescimento no número de estudantes a cada ano.
Metodologia e notas técnicas
A fonte principal dos dados analisados é a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), através de relatórios sobre educação dentro do sistema penitenciário. As variáveis apresentadas incluem o tipo de ensino (presencial e a distância), o ano de referência e a proporção de pessoas com acesso às atividades educativas durante o período. A visualização desses dados possibilita uma compreensão mais clara da dinâmica educacional no contexto prisional.